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domingo, 15 de maio de 2011

Inchaço (edema) na Gravidez

Depois, as sandálias, que estavam levemente apertadas, passam a não servir mais.

Até os anéis e as pulseiras também podem ser aposentados temporariamente.

O inchaço, especialmente dos membros inferiores, costuma ser a causa de muitas queixas entre as grávidas.
A boa notícia é que na maioria das vezes o edema, como chamam os médicos, só causa desconforto e não deve ser motivo de preocupação.

O inchaço aparece por razões simples. Entre o final do segundo trimestre de gestação e o início do terceiro, o útero – que cresce acompanhando o desenvolvimento do bebê – passa a comprimir os vasos pélvicos, localizados na região pélvica. Com isso, o retorno do sangue fica prejudicado.

O sangue sai do coração, segue para as pernas e os pés e, na hora de retornar para a parte superior do corpo, encontra resistência.

O volume de sangue circulante no corpo da mulher aumenta durante a gravidez – à custa de água. Por isso, se diz popularmente que o sangue fica ralo. Na verdade, a gestante retém líquido e ele se mistura ao sangue, deixando-o realmente diluído. Uma das conseqüências pode ser a anemia. A outra é que, quando o sangue encontra resistência para retornar aos membros superiores, essa água extravasa pela parede das veias, causando o inchaço de pernas e pés.

Cada gravidez é diferente da outra. Alguns fatores são comuns – a retenção de líquido, a compressão da veia cava (na região pélvica) e o aumento do sangue circulante. Porém, o inchaço pode aumentar quando a mulher está acima do peso, fica grávida de gêmeos (pois o útero fica mais pesado, comprometendo ainda mais a circulação) e se enfrentar temperaturas temperaturas elevadas ao longo do último trimestre de gestação.

Normalmente, o problema aparece nos membros inferiores, deixando pés, tornozelos e pernas inchados. Porém, o edema pode surgir na parte superior do corpo. “A alteração atinge todo o aparelho circulatório e, por isso, mãos, braços e até mesmo o rosto podem ficar inchados”, explica Luciano Gibran, ginecologista do Hospital e Maternidade São Camilo, pai de João e Bruno.

Uma série de fatores pode influenciar o aparecimento ou não do inchaço. O ideal é que a mulher se prepare até mesmo antes de engravidar, já que excesso de peso, tabagismo e alimentação desregrada colaboram para o surgimento do problema. “Mulheres com estilo de vida saudável, que estão dentro do peso ideal, não fumam, se alimentam corretamente e fazem exercício têm menos chances de inchar”, orienta Renata Lopes Ribeiro, médica do Hospital e Maternidade São Luiz, filha de Lia e Flávio.

De acordo com Renata, pacientes gordinhas e obesas já convivem com uma alteração do sistema circulatório e, durante a gravidez, a circulação do sangue fica ainda mais prejudicada. A idade da grávida e o número de filhosque a mulher já teve também são fatores de influência. Isso porque, com o tempo, a circulação passa a funcionar de forma diferente. E, a cada filho que essa mulher tem, mais prejudicado fica seu aparelho circulatório.

As mulheres que engravidam por meio de métodos artificiais também têm tendência maior de inchar. Segundo Isaac Yadid, especialista da Clínica Huntington de Medicina Reprodutiva, pai de Stephanie, Vicky e Daniel, isso ocorre porque é feito uso de hormônios. “Os níveis de estradiol e progesterona quase chegam a dez vezes o valor normal”, explica.

Mas há como contornar ou pelo menos amenizar o desconforto. A primeira dica é modificar a alimentação. Para reduzir a retenção de líquido, a gestante deve utilizar pouco sal no preparo de seus pratos. Para melhorar a circulação, a recomendação são as aulas de hidroginástica – duas vezes por semana para mulheres sedentárias, ginástica para gestante, drenagem linfática (realizada sempre por um fisioterapeuta especializado) – ou caminhadas. O uso de meia elástica de média compressão também ajuda. Ela deve ser colocada logo de manhã e retirada ao final do dia.

O inchaço costuma ser maior no fim do dia e nos dias mais quentes, principalmente quando a grávida fica longos períodos em pé ou sentada. Por isso, outra recomendação é que a mulher coloque as pernas para cima à noite durante uma hora. Basta colocar um travesseiro embaixo do colchão, deixando-o inclinado. Isso ajuda o sistema circulatório a funcionar melhor.
Drenagem Linfática

Por fim, parte dos médicos orienta as pacientes a fazerem drenagem linfática. Mas atenção: o ideal é que seja procurado um profissional habilitado a trabalhar com gestantes. Renata alerta que a massagem não pode ser feita na barriga, pois ela pode estimular a contração uterina, levando ao trabalho de parto prematuro.

Sinais de alerta

Apesar de na maioria das vezes o inchaço não representar perigo, os médicos sempre estão atentos a sinais que podem indicar problemas: inchaço maior do que o normal, ganho de peso muito intenso – mais de um quilo por semana –, limitação no movimento dos dedos das mãos, formigamento dos braços e dor de cabeça na região da nuca. Nesse caso, a gestante pode estar com algum problema renal ou sofrendo com pressão alta, que pode levar à pré-eclampsia.

Foi o que aconteceu com a publicitária Ana Lúcia Matuck, 36 anos, mãe de Ana Luiza. Até o sexto mês de gestação, elahavia ganhado mais peso do que o indicado, mas a gravidez corria tranqüila. Na passagem para o sétimo mês, Ana Lúcia começou a sentir pressão nos pés e nas pernas. “Um dia, no trabalho, olhei para os meus pés e eles pareciam dois pãozinhos”, conta.

A publicitária desenvolveu diabetes gestacional e teve pressão alta, o que a levou a modificar a dieta. Sua médica vetou tanto o sal quanto o açúcar. “Fiquei em choque. Minha ginecologista dizia que se eu não me cuidasse iria matar minha filha”, relata. Com as restrições, Ana Lúcia desinchou e chegou a perder peso no final da gravidez. Mesmo assim, entrou de licença antes do parto para garantir a saúde do bebê.

O inchaço costuma aumentar logo após o nascimento do bebê. “O sangue que a mulher compartilhava com a placenta volta para ela”, explica Renata. Ocorre o que os médicos chamam de “redistribuição do líquido”. Com o passar dos dias – com uma alimentação equilibrada e, principalmente, com a amamentação –, o edema tende a diminuir e, depois, acabar.

O inchaço não costuma deixar conseqüências, mas pode aumentar a incidência de varizes e hemorróidas. As mulheres que desenvolvem doenças durante a gravidez devem ficar atentas. Apesar de a diabetes gestacional e a pressão alta desaparecerem na maioria dos casos, o fato de elas terem surgido durante a gestação, época em que o sistema imunológico está em baixa, indica um tendência ao desenvolvimento dessas doenças ao longo da vida.

Dúvidas frequentes do Trabalho de Parto e Parto


Como é o inicio do trabalho de parto?
O trabalho de parto é divido em dois momentos, a fase latente e a fase ativa.

A fase latente precede a fase ativa e muitas vezes deixa a gestante em dúvida se já está ou não em trabalho de parto. Esta fase se caracteriza pela presença de contrações uterinas irregulares quanto à intensidade, ritmo e duração. A fase latente pode se manifestar durante algumas horas ou até alguns dias. Em alguns casos a gestante não percebe claramente que está na fase latente, pois, a mesma se dá de maneira prolongada, muito suave e discreta. Não perceber a fase latente não configura um problema ou perigo para a mãe ou para o bebê.

Quando a fase latente é perceptível, é muito comum que as gestantes menos avisadas queiram ir ao hospital achando que já estão na fase ativa do trabalho de parto. Como na fase latente a dilatação ocorre muito lentamente é comum que os profissionais de saúde impacientes digam que já se passaram muitas horas e não houve nenhuma progressão da dilatação, então indicam a cesariana por falta de dilatação.

O que se espera, é que nesta fase, o colo do útero afine (esvaeça) e chegue até 3 centímetros de dilatação. Nas primigestas, enquanto o colo não estiver fino a dilatação não terá início.
A fase ativa do trabalho de parto não deixa muitas dúvidas para a gestante. Aquelas que nunca passaram por um trabalho de parto perceberão algo que nunca sentiram. Aquelas que já tiveram partos normais saberão identificá-lo.

A fase ativa do trabalho de parto se caracteriza por:As contrações são rítmicas e aparecem a cada 3 ou 4 minutos. Cada contração dura 40 segundos ou mais. A intensidade deve ser maior do que aquelas do período de latência. (Lembremos que algumas mulheres não percebem claramente a fase latente e, portanto começarão percebendo as contrações da fase ativa que são doloridas e tendem a ficar mais forte à medida que o tempo progride).

O colo do útero deve estar com no mínimo 3 centímetros de dilatação e completamente esvaecido (fino) nas primigestas. Nas multíparas estas regras não valem, pois algumas já têm uma certa dilatação antes de entrar em trabalho de parto, ou o colo uterino não está fino durante a fase ativa.

A bolsa das águas deve ficar abaulada e tensa durante as contrações, isto se chama formação de bolsão.
Nas primigestas estas 3 características devem estar presentes para que possamos dizer que a mulher entrou na fase ativa do trabalho de parto.

Nas multíparas a característica mais importante é a presença de contrações rítmicas e fortes.

Quanto dura o trabalho de parto?
O trabalho de parto costuma ser mais longo para as primigestas e mais curto para as multíparas. Para as primigestas a média de duração é de 12 a 16 horas, podendo levar mais ou menos tempo. Para as multíparas a duração média é 6 a 10 horas, podendo variar de acordo com cada mulher.

É verdade que o primeiro sinal do início do trabalho de parto é a ruptura da bolsa das águas?
Não, a ruptura da bolsa das águas a partir da 34ª semana de gestação significa que o bebê deverá nascer, mas não que a gestante já entrou em trabalho de parto. As gestantes, em 80% dos casos, costumam entrar em trabalho de parto nas primeiras 8 horas após a ruptura da bolsa das águas. As características do trabalho de parto estão descritas na primeira pergunta deste FAQ.

O bebê precisa estar encaixado para iniciar o trabalho de parto?
Não, o trabalho de parto pode ter início sem o bebê estar encaixado. O encaixe da cabeça do bebê pode acontecer antes ou durante o trabalho de parto.

É possível o bebê nascer sem eu sentir nada?
Não, mesmo que a mulher tenha muitos filhos. Algumas mulheres não sentem dor, porém sentem as contrações uterinas. Quando o bebê está nascendo a mulher sente uma pressão na vagina.

Assim que as contrações começarem já preciso ir para o hospital?
Não, o melhor momento de ir ao hospital é quando chega a fase ativa do trabalho de parto, ou seja, todas as contrações são fortes e aparecem com intervalos ritmados de 3 a 5 minutos.

Massagem durante as contrações


Quando devo avisar meu médico?
Você deve comunicar seu médico se:
Seu bebê diminuir muito os movimentos
A bolsa das águas romper
Apresentar sangramento
Apresentar 3 contrações a cada 10 minutos e cada contração deve durar no mínimo 40 segundos.

Será que vou saber que entrei em trabalho de parto?
Mesmo as mulheres que nunca tiveram um bebê conseguem perceber que estão em trabalho de parto. A sensação das contrações acompanhadas de algum tipo de dor é algo que ela nunca sentiu, portanto ao iniciarem estas contrações a mulher perceberá que algo diferente está acontecendo em seu corpo. Aquelas que já tiveram bebê conseguem reconhecer as sensações do trabalho de parto.

O que vou sentir quando o bebê for nascer?
Quando o bebê está bem próximo de nascer significa que sua dilatação já está completa. Após a dilatação total, o bebê começa o processo de descida através na vagina (período expulsivo do trabalho de parto), e leva em média 1 hora até que o bebê nasça (existem casos onde este processo pode demorar algumas horas). A característica das contrações, geralmente, fica diferente neste momento, em geral menos doloridas. Quando a cabeça do bebê está chegando na vulva, a gestante começa ter uma sensação de peso na vagina e muitas vezes esta sensação se confunde com uma nítida vontade de evacuar (a cabeça fetal empurra o reto e provoca o desejo de evacuar). Quando a gestante não tem esta informação, tende a querer segurar as supostas fezes para não evacuar e aí segura a saída do bebê. No momento que o desejo de evacuar aparece significa que o bebê está bem próximo do nascimento. A cabeça continuará descendo até que comece a forçar a vulva para que esta dilate (coroar), o que provoca uma sensação de ardor intenso que se mantém até que a cabeça do bebê saia completamente. Em seguida, saem os ombros, ora com muita facilidade, ora necessita de mais uma contração e ajuda do profissional para que se desprenda da mãe. E depois disto tudo, a mãe sentirá uma sensação muito forte de alegria por ver seu bebê!
Não devemos esquecer que alguns minutos após o nascimento da criança a placenta sairá com ajuda de mais uma contração e causando um desconforto rápido na vagina. Após o nascimento a vulva costuma ficar com uma sensação de ardor, que melhora em alguns minutos.

Parto na Água


É verdade que o bebê pára de mexer quando o trabalho de parto começa?
Não, alguns diminuem seus movimentos, mas outros permanecem se movimentando até a hora do nascimento. Se seu bebê diminui ou parou de se movimentar é melhor procurar seu médico ou serviço de saúde para avaliação.

Sangramento é normal durante o trabalho de parto?
Um sangramento em pequena quantidade é bastante comum no trabalho de parto, mas se for igual a uma menstruação procure imediatamente um serviço de saúde.

Qual a melhor posição para ficar durante o trabalho de parto?
A gestante deve procurar uma posição que lhe seja confortável. O que mais ajuda a boa evolução do trabalho de parto é a gestante permanecer ativa, caminhando, agachando, tomando banho, ficando de joelhos, etc. A posição menos favorável é a deitada, pois o peso do bebê não força o colo do útero e, além disso, comprime a irrigação sanguínea para o útero o que pode provocar sofrimento fetal.



Posso comer e beber durante o TP? O que é melhor?
Pode e deve manter-se alimentada e hidratada durante o trabalho de parto. É conveniente comer alimentos de fácil digestão e alto valor calórico (frutas secas, sementes, mel, chocolate, barra de cereais). Quanto aos líquidos, a gestante deve evitar os refrigerantes e dar preferência a sucos naturais, água de coco, chás. É sempre bom ter a mão canela, gengibre e açúcar mascavo caso o chá seja indicado pelo seu médico ou parteira.

O que são e para que servem as contrações?
Como o próprio nome diz, contração significa que algo está se contraindo. Quem se contrai é o útero. O útero é um órgão que tem a forma de uma bexiga de aniversário e em seu interior está o bebê. Onde damos o nó na bexiga corresponde ao colo do útero. O ar do interior da bexiga corresponde ao líquido amniótico (água). A bexiga de aniversário é feita de um material plástico e o útero é feito de músculo. Este músculo é que contrai, assim como o nosso coração contrai para enviar sangue para todo nosso corpo, o útero contrai para empurrar a cabeça do bebê contra o colo do útero e assim fazer com este se abra (dilatação) para a saída do feto.

Se a bolsa não romper espontaneamente é preciso que o médico faça isto artificialmente?
Não, a bolsa das águas pode permanecer intacta até o nascimento do bebê. Em geral, a bolsa acaba rompendo espontaneamente no período expulsivo ou quando o bebê está coroando.

A partir de quantas semanas o bebê pode nascer saudável?
A partir da 38ª semana de gestação o bebê pode nascer sem nenhum problema.

Até quantas semanas posso esperar que o bebê nasça?
Até completar 42 semanas. Após este período é possível esperar um pouco mais, mas com uma monitorização fetal mais apurada.

Secreções vaginais durante a gestação e parto ...





Que tipos de secreções vaginais uma gestante pode apresentar?

Durante a gestação e o trabalho de parto as mulheres podem apresentar secreções vaginais consideradas fisiológicas ou não a depender de suas características e época de aparecimento. Basicamente temos 4 tipos de perdas vaginais:
1. Corrimento vaginal
2. Sangramento
3. Tampão mucoso
4. Líquido amniótico

Como são as características de um corrimento vaginal fisiológico?
A cavidade vaginal é como a cavidade oral, assim como temos saliva na boca, temos uma certa quantidade de corrimento na vagina, algumas mulheres têm mais e outras menos. Durante a gestação, a quantidade desta secreção fica aumentada e tem como característica ser esbranquiçada, com odor característico da vagina que não é desagradável como de peixe estragado, e também não é acompanhada de coceira. A gestante também não apresenta ardor ou dor na relação sexual. A coloração do corrimento deve ser observada quando está saindo e não quando estiver seco na calcinha, pois, ele oxida como uma maçã da qual retiramos a casca e fica amarelada. O aumento fisiológico da secreção vaginal pode aparecer desde o início da gestação.

Por que e quando um corrimento vaginal pode ser considerado não fisiológico?
A vagina pode apresentar infecções e o resultado é a modificação das características do corrimento. Cada tipo de infecção confere uma particularidade à secreção vaginal como mostrarei a seguir:

Candidíase vaginal: infecção bastante comum durante a gestação e tem como característica principal a coceira vaginal intensa, ardor vaginal para ter relação sexual e até na hora de tomar banho, vermelhidão da vulva, às vezes podem aparecer fissuras e descamação na região vulvar. A secreção sai em grumos espessos brancos até esverdeados e o odor pode ser azedo. A cândida é um fungo que todas nós mulheres temos na vagina de forma assintomática, porém, na gestação a resistência imunológica fica diminuída para que a mulher não rejeite o feto e isto facilita a proliferação deste fungo, o que provoca estes sintomas de forma mais ou menos intensa.

Vaginose bacteriana: secreção aumentada com odor fétido, o odor se intensifica principalmente após a relação sexual. Tem coloração discretamente acinzentada e pode ser acompanhada de coceira vaginal discreta.

Trichomonas: Secreção vaginal abundante fétida, de coloração cinza esverdeada e espumosa, muito embora esta última característica seja difícil de ser observada pela própria paciente.
Clamídia: Secreção vaginal amarelada como pus, dor profunda durante o ato sexual.

Por que devemos tratar estas infecções?
Estas infecções devem ser tratadas devidamente para evitar trabalho de parto prematuro ou ruptura prematura das membranas.

Sangramento vaginal durante a gestação sempre é sinal de perigo?
Sangramento vaginal é sempre um sinal de alerta durante a gestação. O único momento em que pode ser considerado normal é durante o trabalho de parto, dependendo de algumas características. Quando o colo do útero começa a afinar e a dilatar ele pode sangrar de pequena a moderada quantidade e pode continuar sangrando durante todo o período de dilatação. Pode ocorrer perda de sangue vivo ou sangue coagulado.

É verdade que a placenta prévia pode sangrar?
Se o sangramento estiver em quantidade igual ou superior a uma menstruação e for indolor pode ser uma placenta prévia. O diagnóstico de placenta prévia atualmente não costuma ser surpresa, pois a maioria das gestantes realiza pelo menos um ultra-som durante a gravidez e assim sabe por antecedência que pode sangrar e que deve procurar serviço de saúde se isto acontecer.

Como é o sangramento do descolamento de placenta?
Se o sangramento for acompanhado de uma contração ininterrupta e de dor, isto pode ser um descolamento de placenta e a paciente deve se dirigir a uma maternidade com urgência.

O que pode significar um sangramento no inicio da gestação?
Sangramento no início da gestação pode ser uma ameaça de aborto ou um aborto em andamento. Se o sangramento for em pequena quantidade o ideal é fazer repouso, evitar relações sexuais e avisar o médico que a acompanha. Se o sangramento for abundante (maior que uma menstruação) a gestante deve procurar um serviço de saúde a fim de ser examinada.

Como podemos ter certeza do que está acontecendo quando temos um sangramento?
Para se ter certeza do que está acontecendo quando ocorre um sangramento durante a gestação, o ideal é realizar um exame de ultra-som, com exceção daquele sangramento que acontece durante o trabalho de parto.

O que é o tampão mucoso?
Tampão mucoso ou rolha de Schroeder é uma secreção espessa e opaca (como um catarro grosso) produzida pelas glândulas do colo do útero que oblitera (veda) o canal cervical e que tem o papel de proteger o feto no ambiente intra-uterino.

Quando o tampão é eliminado?

Quando o colo do útero começa a afinar e/ou a dilatar este tampão é eliminado e ele pode vir acompanhado de estrias de sangue vivo ou coagulado, portanto, pode sair esbranquiçado e espesso, mas pode também ter coloração avermelhada até marrom e espessa.

Quanto tempo pode demorar para o bebê nascer depois que o tampão é eliminado?
A eliminação do tampão mucoso não significa que a paciente tenha entrado em trabalho de parto, ela pode estar nos pródromos ou simplesmente seu colo começou a amadurecer com as contrações de Braxton-Hicks podendo demorar dias ou até semanas para entrar em trabalho de parto.

Quais são as características do líquido amniótico numa gestação normal?
O líquido amniótico está situado dentro da bolsa das águas onde o feto está mergulhado. Numa gestação normal a quantidade de líquido amniótico aumenta progressivamente até o termo e depois do termo começa decrescer.

Sua aparência também se modifica ao longo da gestação. Em fetos imaturos o líquido tem aspecto de urina ou água de coco, transparente sem nenhum grumo, à medida que o bebe vai amadurecendo o líquido começa apresentar grumos brancos que vão aumentando de tal forma que quando o feto está com 40 semanas o líquido pode ficar mais espesso e esbranquiçado. O líquido amniótico tem odor semelhante ao de água sanitária ou ao da secreção do ejaculado do homem.

Por que ocorre a eliminação de mecônio com o bebê ainda dentro do útero?
Quando existe uma diminuição do nível de oxigênio para o feto, pode ocorrer liberação do esfíncter anal com saída do conteúdo intestinal, que se chama mecônio. O meconio tem coloração verde, portanto quando é eliminado dentro do útero acaba se misturando ao líquido amniótico que fica esverdeado.

Como o mecônio é avaliado?
O mecônio misturado ao liquido amniótico pode resultar numa combinação mais fluida (mecônio fluido) o que significa que a quantidade de mecônio que foi liberada é pequena e que a quantidade de liquido amniótico está normal, o que significa que a diminuição da oxigenação foi suave. Quando essa mistura fica espessa (mecônio espesso ou “papa de ervilhas”) significa que houve maior saída de mecônio e a quantidade de líquido amniótico está reduzida, estes dois fatores implicam numa falta de oxigenação maior.

Quando uma paciente tem mecônio é necessário fazer cesariana?
Se existe mecônio é preciso que o feto nasça, nem por isso é necessário que seja feita uma cesariana. Em mais da metade dos casos de presença de mecônio ele é fluido e os fetos suportam muito bem o trabalho de parto e evoluem para um parto normal. Quando existe mecônio espesso as chances do feto não agüentar o trabalho de parto são maiores, mesmo assim sempre é possível acompanhar a freqüência cardíaca fetal durante as contrações e enquanto ele não mostrar sinais de sofrimento (desacelerações cardíacas que persistem após o término da contração) podemos continuar esperando por um parto normal.

Os diferentes tipos de secreção vaginal podem sair ao mesmo tempo?
As secreções vaginais podem sair separadamente ou nas combinações mais variadas:
liquido amniótico com sangue; tampão mucoso com sangue; corrimento com sangue; liquido amniótico com mecônio e sangue e etc.
As perdas vaginais durante a gestação sempre devem ser comunicadas a um profissional de saúde, pois, têm significados diferentes e importantes.